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Rock In Rio 2013 Opinião sobre 13 shows

Logo do Rock In Rio

Rock In Rio 2013

Não é um “Top 13”, não existe ordem de relevância e são somente opiniões pessoais, não verdades absolutas – com uma ou outra opinião técnica sobre as bandas e alguns de seus músicos. Não vi todas as bandas do evento, mas das que vi os shows completos, seguem minhas impressões (muito) resumidas.
 
1 – Iron Maiden – Apresentação primorosa e um set malandramente certeiro, baseado nos clássicos consagrados. Jogo ganho. Você não precisa e nem deve entupir seu set de músicas novas num evento do porte de um Rock In Rio. Por mais que possam ser músicas excelentes, guarde-as para sua turnê fora de 90% dos grande festivais. E foi o que o Maiden fez.
2 – Metallica – Incríveis. A banda consegue manter um padrão praticamente inalterável de qualidade absoluta ao vivo. James domina tudo num raio de quilômetros. É impressionante a soberania do homem diante do público. No mais, os quatro devem ser robôs, cyborgs, warlords, sei lá. Só sei que foi uma apresentação irretocável.
Viper em sua formação 2012 para A To Live Again Tour

Viper: Guilherme Martin, Pit Passarell, André Matos, Hugo Mariutti e Felipe Machado. (Foto: Nando Machado/Wikimetal)

3 – Viper + André Matos – Minha banda favorita de Metal do Brasil. Gosto deles tanto quanto gosto do Maiden, mas tenho uma extrema preocupação com a voz de André Matos que mesmo sendo um grande vocalista, falha claramente algumas vezes. No mais, Felipe, Pit e Guilherme parecem nunca ter saído do palco e dos holofotes – e o Hugo é um reforço à altura da importância da banda, isso é inegável. É o habitat natural deles. Uma banda que NUNCA, JAMAIS em TEMPO ALGUM deveria deixar de existir. Resumindo: Long Live Viper!

Símbolo do DR SIN

DR SIN

4 – DR SIN + Roy Z + Republica – Show impecável, músicas fantásticas e precisão absoluta. Sim, sou tão fã do Dr Sin quanto do Viper. A participação do gigante Roy Z, um dos meus guitarristas favoritos, foi uma sacada inteligente para ambos. A tal banda República, não é ruim em absoluto, mas dados os monstros que estavam no palco com eles, admito: passei meio que batido pelo som deles. Ainda assim, do pouco que lembro, os caras não fizeram feio. Voltando ao DR SIN, o que vi, foi o mitológico Eduzinho “Malmsteen” Ardanuy barbarizando como sempre; Ivan “Simpatia” Busic tremendamente forte, técnico e carismático – aliás, um tremendo vocalista também como já sabemos há tempos e agora com um disco solo recentemente lançado; e o Andria que já é um puta baixista incontestável… meus amigos, o sujeito parece um vinho da melhor qualidade. Quanto mais o tempo passa, melhor ele canta. Andria “Assombroso” Busic, uma referência gigante para qualquer vocalista ou aspirante. Aprendam com esse homem!

Símbolo do Sepultura

Sepultura

5 – Sepultura – Porradaria sem fim como se não houvesse amanhã. Aquele pessoal do Les Tambours du Bronx caiu feito uma luva, mas também não fiquei surpreso. Não é de hoje que a banda flerta com todo tipo de percussão mundo afora. Já na apresentação com Zé Ramalho (que eu particularmente gosto muito), algumas músicas funcionaram melhor que as outras, mas no geral até que não ficou ruim. Nada menos que um show memorável.

6 – GhostEu entendi a proposta dos caras, até curto bastante um lance mais performático, teatral… mas não me convenceram, sinto muito. Tudo bem que o contexto não ajudou nem um pouco, contudo não acho certo terem hostilizado a banda como fizeram.
7Bon Jovi – Sempre curti, sempre fui fã, mas novamente a questão da voz foi determinante. Merece nosso respeito pela estrada e, principalmente, pela coragem. Seria o caso de baixar os tons e quem sabe mudar os arranjos de várias músicas. Jon, você continua incrível, mas precisa estudar uma solução para as músicas em tons muito altos.
8 – Bruce Springsteen – Como não amar esse cara? Acabou de fazer 64 anos (23/09) e pouco antes de seu aniversário passou como um rolo compressor em cima de tudo e todos, feito um garoto de 20. Exemplo de humildade e talento. Como falei em um post do Facebook: fez um verdadeiro show dentro de seu próprio show. E ainda me fez acreditar na imortalidade, porque nem de longe parece ter mais de 50 e tantos anos, que dirá mais de 60. 
Kiara Rocks Cover

Kiara Rocks

9 – Kiara Rocks – Não achei assim tão terrível como muitos disseram – e bota muitos nisso. Ok, não vou dizer que achei maravilhoso, realmente foi algo meio constrangedor em alguns momentos. Mas recorreram a covers e à presença de um dos meus maiores ídolos, Paul Di’Anno. Ter visto esse homem ao vivo num Rock In Rio 2013 foi de lacrimejar. Wrathchild no Rock In Rio com o vocal original… Maiden, vocês deram mole de não chamar (ou não conseguir convencer, dar o braço a torcer, vai saber) o cara pra fazer uma jam bombástica no final. Engraçado isso, mas o show da banda se tornou quase desimportante diante da presença de Di`Anno. Não digo isso com o intuito de desrespeitar, mas foi uma manobra inteligente ter colocado Paul no palco e atrair aplausos e olhares emocionados. Também colocaram o Marcão (Charlie Brown Jr), ou seja, tudo para tentar contornar a ferocidade do público. Com a presença desses convidados, além de Wrathchild, levaram também Highway to Hell (AC/DC, na qual aliás o Cadu saiu-se muito bem, justiça seja feita) e Blitzkrieg Bop (Ramones). Ah! Falei que o Kiara abriu com Ace Of Spades do Motörhead? Pois é, estava mais do que evidente o receio quanto à receptividade do público headbanger – e com toda razão. Quanto ao vocal do Cadu, tão duramente criticado, ele poderia fazer menos drives, distorcer menos a voz. Percebi que quando ele resolver cantar mais e rosnar menos, fica muito melhor.

10 – Sebastian Bach – A voz e o peso da cantar agudo desde a juventude fez muitas vítimas nesse Rock In Rio e convenhamos, ele foi mais uma delas. Hits incríveis foram conduzidos muito abaixo da expectativa. Ainda assim, outro que merece nosso respeito pela coragem de tentar. Skid Row será eterno, mas novamente: se Bach realmente quiser continuar na estrada, mesmo que solo, precisa arrumar uma solução honesta para seus vocais nas partes mais sôfregas.
11 – Slayer – No começo tive a impressão de que a voz de Araya sumia e voltava, mas depois parece que tudo se acertou. Gosto da banda, não costumo acompanhar muito, mas estão super em forma. Hanneman sempre lembrado pelos fãs e homenageado pela banda. Sentaram a porrada, rodas surgiram e todos tinham 20 e poucos anos novamente – inclusive a banda.
12 – Helloween + Kai Hansen – Olha, eu consegui gostar da banda pra valer até o álbum Time Of The Oath. Depois disso, prefiro ouvir Gamma Ray (banda de Kai Hansen) e os projetos de Michael Kiske (vocalista original). Eu até que gosto dos vocais do Andi Deris (inclusive em sua carreira solo, que aliás, recomendo), mas as músicas foram caindo muito no padrão Helloween de qualidade se querem saber a verdade. No mais, grande jogada tocarem junto com Kai Hansen. Contudo, se quiserem sentir algo realmente com o espírito Helloween, vocês DEVEM conhecer Unisonic, a banda que Hansen e Kiske montaram. Escrevi sobre eles há mais de um ano: https://rockuniverse.wordpress.com/2012/01/13/unisonic-michael-kiske-kai-hansen-e-o-primeiro-video-oficial-do-projeto/

Capital Inicial

Capital Inicial no Rock In Rio 2013
(Fonte: https://www.facebook.com/capitalinicial)

13 – Capital InicialVamos lá. Das que cantam em português, ainda deve ser a minha preferida em atividade. Desde o Aborto Elétrico, passando pela Legião Urbana, o que temos são esses caras não deixando o legado morrer. Sei que uns 8 em cada 10 fãs de Rock Nacional simplesmente odeiam, zombam, xingam e etc, mas sigo gostando e muito. Tanto dos clássicos da banda, quanto de seus sucessos mais recentes, podemos dizer que a qualidade musical e lírica segue despreocupadamente, imune às críticas que não visam debater, apenas desconstruir. Com a entrada de Yves nas guitarras e as composições de Pit, seguem firmes e fortes. Claro, muitos não sabem, mas o baixista Pit Passarell da banda Viper, responsável por boa parte dos Clássicos do Metal Brasil, é também o compositor por trás de 90% dos hits do Capital Inicial nos últimos anos. Ele conseguiu se destacar maravilhosamente em DOIS gêneros do Rock, ou seja, sou duplamente fã dele e do Capital. Chupa pessoalzinho from Hell. Quanto ao discurso do Dinho, melhor deixar pra lá.

Fontes e Referências: http://rockinrio.com/rio/

Morre Jim Marshall, o criador dos amplificadores Marshall

Morre aos 88 anos Jim Marshall, criador dos amplificadores Marshall

Morreu hoje Jim Marshall, criador dos clássicos amplificadores Marshall

 Morreu aos 88 anos Jim Marshall, o pai dos amplificadores Marshall. 99% daquilo que ouvimos e identificamos no Universo do Rock ´N Roll em se tratando de sons de guitarra nas últimas cinco décadas, devemos à criação desse sujeito.

 Nascido em Acton (1923), o inglês James Charles Marshall era baterista e vocalista, tendo sido inclusive professor de bateria de nomes como Mitch Mitchell (The Jimi Hendrix Experience), Mick Underwood (Ritchie Blackmore) e Mickey Waller (Little Richard) entre outros. Justamente em virtude da necessidade em fazer com que sua voz pudesse ser ouvida enquanto tocava, ele criou um de seus primeiros sistemas de amplificação ainda nos anos 40. Já em 1962, com a fundação da Marshall Amplificationpode-se dizer que Jim demarcou em definitivo a história dos timbres de guitarra do Rock em antes e após Marshall.

 Hendrix, Iommi, Slash, Clapton, Kerry King, Jeff Hanneman, Yngwie Malmsteen, Pete Townshend, Blackmore, Page, Dave Murray, Adrian Smith, Janick Gers, Zakk WyldeRandy Rhoads são apenas alguns dos mais que famosos guitarristas a fazerem uso dos Amplificadores Marshall para registrar sua arte, tanto em estúdio quanto ao vivo.

Alguns modelos de amplificadores Marshall

Marshalls

 Quando ainda tocava, tive o prazer e o privilégio de ser o feliz proprietário de um Marshall Valvestate 8080. A incrível distorção desse amp soava exatamente como algumas das melhores gravações do final dos anos 70 e início dos 80. Um amplificador Marshall tem algo a mais, um certo mistério intangível, algum tipo de alma…

 Não sei dizer como Mr. Marshall conseguiu criar algo tão perfeito e único, só sei dizer que tive vários amplis e utilizei muitos outros, mas nenhum deles jamais soou como aquele meu velho Marshall. Nenhum.


R.I.P. James Charles Marshall (1923-2012)


Fontes: http://www.marshallamps.com/

http://www.guardian.co.uk/